sábado, 17 de novembro de 2012

A ÚLTIMA ESCRITA


A gente deveria ter uma opção ao se apaixonar.
Podia ter um manual, pra gente ler e entregar à dona da paixão.
Porque de repente, ela chega...
Sem dizer nada,
Sem querer ou pedir nada...
E nos toma, nos leva sem muito esforço.

Paixão que vira desejo, inibido no sorriso que diz:
"eu também quero"...
assim, sem português correto,
sem dizer uma palavra.
Nem precisa, palavra vira poesia
Poesia que traduz desejo.
Na verdade, sentimento traduzido em seu nome.

Ela menina, linda sem acreditar.
Uma mulher desejada como nunca imaginou que pudesse.
Sonho, entrega, recusa... medo.
E assim começa uma paixão,
que não se aprende, que não se ensina...
Apenas, sente...
- Toma,  é sua...

E a pergunta que não era afirmação,
traduziu a dúvida, e os pés perderam o chão.
Sonho interrompido pela madrugada,
Poesia guardada, tão viva, tão sua...
Não era pra ter sido encanto...
Nem tão pouco quebrado.
Era pra ser realidade...

Mas foi embora.
Despediu-se do que nunca se teve...
Do mais sincero desejo.
Despediu-se de sí mesmo, sem terminar o verso.
Me deixando ao avesso...
No medo do amor guardado pra sempre.
No que se acha por engano,
no encanto da menina mais linda.
Da mulher mais encantadora que eu conheci.





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