terça-feira, 17 de janeiro de 2012

QUANDO A DESPEDIDA...

Quando vocês vão embora... a falta que se faz é do tamanho do mundo
Sobra um vazio gigantesco, que não sei o que fazer.
Os "porquês" que tive que inventar as respostas, ecoam em cada canto que eu olho.
Os bichinhos na corrida dos saptatos!!

Sobram tesouros escondidos na bagunça que fica a casa.
Uma riqueza digna dos guardiões encantados dos nossos contos à beira da cama.
Os presentes embrulhados em folhas de cadernos amassadas...
e o brilho dos olhos inocentes que dizem: 
"- pai, tusse um pezenti pa você! podi abi!"
e naquele embrulho  mágico , percebe-se que nao está ali, um monte de tampinhas de garrafa!
Dentro daquela folhinha rabiscada e amaçada, existe um colosso de inocência, um infinito de amor, um universo de abraços, um oceano da mais pura e divina ingenuidade, traduzida no prazer de agradar!
"-dostô pai, é seu pezente, o tê ti é?"
E nesse instante eu tenho que dar continuidade ao conto dos sonhos:
- Olha meu filho! são estrelas!!! as mais belas estrelas que o céu já teve!!! como você conseguiu pegar?
- Ah! Foi Papai do Céu que dexô né!? Éia po cê, ELE dexô!
Enquanto o outro, descobre o mundo pre adolescente, não menos encantado, mas hoje cada vez mais pre-maturo! E as perguntas continuam de tal forma, que o Google fica pequeno, diante dos dribles paternos.
O cheirinho deles em cada peça de roupa, na escovinha de dentes... e no chão de estrelas, que leva a um mundo mágico no cantinho do quarto! Piratas, dinossauros, rabiscos... e uma SAUDADE de poucas horas, do tamanho do mesmo mundo que já não sei qual é o verdadeiro!
Segredos do universo deles, contado em voz alta ao pé do ouvido:

Quanto vale essa saudade? 
Prefiro contar as horas que nos separam do próximo encontro, no outro mundo, onde o amor...  aaaahhh o amor...  só faz abrandar o coração e acelerar esse tempo!



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

VONTADE DE NADA!

O quê que você está fazendo aí que não está aqui?
sabe quando você está a fim do nada?
simplesmente deixar o chuveiro derreter ... tomar banho de luz!

vir vestido apenas com o perfume do sabonete...
Deitar na cama,
no colo...
Falar também do nada
Sem letra maiúscula, sem ponto ou regras.

Apenas com os olhos,
vez em quando, labios no beijo
quando em vez... beijo molhado!

Preguiça mesmo, mesmo cansado.
Vontade de olhar pro teto
E ver a vida passando ali num tempo distante...
sem tempo pra pensar e fazer mais nada
nem perceber que é cama
que são seus cabelos cobrindo o peito.
To com vontade de você.