quarta-feira, 14 de outubro de 2015

ACOSTUMA SIM


Um dia ela chega, aparece do nada e pronto: 
As noites se tornam mais longas,
A vida ganha sentido, seja lá qual for a direção.
A vida vive um pouco mais, e mais... infinito (particular)?

E o que era pouco, se engrandece com amor.
O amor te alimenta, apaga os desenganos,
Enche de ar seus pulmões...
Quase convence as ilusões.

Só é ou há amor, quando é a dois.
E quando se aceita o sim,
Sonhos, planos se transformam em metas...
Ela se vai. 
Da mesma forma em que chegou.

E se passaram horas, dias, meses, anos...
Vida.
Sendo você o amor da vida dela.
Sentimento indefinido.
E agora o descostume,
A desconstrução. Desaprender.
Chegou a hora de se cumprir o trato,
Mas não há mais ninguém do lado,
Pra trás não se pode olhar, 
Saudade é fato, companhia. 
Certeza de que no futuro, 
é que está o seu melhor.
Talvez ela.
Talvez só.
Mas "depois", porque agora,
é hora de acostumar.






quinta-feira, 27 de agosto de 2015

DEITA AQUI COMIGO!


E o que mais posso dizer?
Durma bem?
Boa noite?
Sonhe comigo?

Quando na verdade o melhor seria:
Posso apagar a luz? Deita aqui comigo!

Não são palavras. São momentos.
Sentimentos sinceros.
Invasivos, talvez.

Mas pode dormir amor,
eu cuido pra que você não sinta frio.
Eu vigio os dragões, conto as estrelas
E talvez uma canção de ninar.

Se o cobertor for pouco,
tenho um abraço sob medida
que vale até como escudo.
Chama... conchinha!
É a tradução do meu carinho.

Deita que quando acordar o seu café vai estar pronto!
Seu banho preparado...
E o bom dia, estará o tempo todo guardado na saudade que me acompanha,
até a hora de dizer de novo:
Posso apagar a luz?
Deita aqui comigo!




terça-feira, 28 de julho de 2015

UM CARTÃO EM BRANCO


Eu hoje olhei pra cima,
Um céu que há tempos não se via.
Seus olhos, seu sorriso.
Essa beleza natural, raridade.
Seu silêncio e sua maneira espontânea de ser.

E essa nobreza emoldurada numa simplicidade incomum.
Do que vejo em seu olhar eu não sei dizer,
Mas do que sinto,
Me perco, mergulho, viajo.
E como que por encanto, 
Me encontro ali em seus braços,
longe de tudo, como se ainda pudesse.

Nem tudo se cabe num abraço,
As vezes é preciso uma vida.
As vezes é preciso mais.
E ainda que coubesse num pote de ouro,
Tudo o que me fez sentir, ressurgir,
reviver, no jeito de olhar que é seu, o meu também.
E como se pudesse... eu também me apaixonei.

Mas eu sou poeta e você poesia,
Eu posso.
Por um segundo, a eternidade em silêncio.
As palavras que leio no piscar dos olhos,
As vezes, a gente simplesmente se reencontra,
Fora do tempo, fora de tudo.
Um dia a gente se encontra.

E nessa ausência, 
No amanhecer,no brilho dos olhos,
Ou das estrelas à noite, é assim que eu vou te ter.
Onde quer que esteja, seu olhar vai me levar.
E o cartão em branco, é pelo que não soube dizer.









sexta-feira, 13 de março de 2015

SO DIFFERENT

Perco o sono, madrugada a dentro.
Dentro, uma saudade que beira o infinito.
Extrapola o coração que já não bate.
A essa altura faz morada do desejo.
A essa altura, pulsa poesia.
Também, não sei se é.

Dos olhos, longe olhar que te desenha,
traz você pra mim.
De onde quer que esteja, além de mim.
Seu cheiro, seu corpo, seu rosto.

Dos lábios, seu sorriso,
minha alegria, disso você bem sabia.
Da boca o beijo roubado,
que os olhos tanto pediram,
que o corpo trépido, se despiu.

Uma música apenas,
Um momento, surpresa...
A eternidade coube num segundo.
Novamente o coração, que hoje guarda essa saudade,
Seu olhar surpreso,
Seu cheiro, seu gosto...
Futuro sonhado,
desejo roubado,
Sonho é onde te encontro hoje.
Hoje já é outro dia.
Já é outra vida.
Tão diferente.



sábado, 21 de fevereiro de 2015

O QUE EU PREFIRO

Eu preferiria tocar seu corpo, com carinho do que o teclado.
Como na última noite. Como na primeira noite.
Dezessete.
Nunca foi apenas um número, tão pouco uma data. Mas o início, e quem diria... o fim.
Na verdade foi muito antes, a poesia e o desejo
Quando o peito já não aguentava mais.
E uma tal cigana ou cartomante, me fez provar que na sua mão havia muito mais do que linhas:
Existia um "A", existia uma certa promessa...

Eu preferiria dizer te amo, como sempre fiz com os olhos,
Do que dizer "Saudade".
E assim foi a última escrita
Tudo por causa de um certo "João de Barro" (me ensina a caminhar).
O perdão para o que não havia de ser perdoado.
Eu só voltei pra buscar o meu abraço.

Como eu preferiria sentir aquela saudade de um segundo,
do que essa de agora. Agora não da mais.
Agora é outra vida. Seguida em frente.
Na verdade, o que eu queria agora era muito mais.
Era o infinito que eu preferiria, mesmo com a tormenta que eu vivia,
em cada despedida. O que eu queria era o segundo instante,
e o terceiro, o quarto, o quinto...
A noite na taberna, entre tantas outras como as que eu acordava
com você dizendo: "estou com medo!", e eu: "calma, eu to aqui.!"
Mesmo distante.

Eu preferiria que fosse mentira o que não soubemos fazer.
Mas tudo bem, o que soubemos, foi e será eterno.
Agora e sempre, eu estarei e você será.
"talvez você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar
que meu amor não será passageiro..."
E foram tantas poesias, tantas frases, versos...
tudo tão... surreal! Tanto que andamos lado a lado desde antes,
sem sabermos. Coincidências... destino...
Palavras que não voltam, ditas por acaso, por descaso...

Eu preferiria todas as viagens, todos os almoços, toda pétala desenhada,
meu romantismo despercebido. O pedido de casamento aceito, a promessa,
o batismo, casa branca... alves, todas as fotos, todos os fatos, afinal, o que é amor?

O que eu prefiro? Existem perguntas que não tem respostas.
Ainda tem muito o que se dizer. E muitas vezes, o silêncio,
o abraço, os olhos e o tempo, se encarregam de contar toda a história.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

VOCÊ


Posso tentar dizer o que você é pra mim hoje:
O medo que se dissipa com um abraço,
E o abraço que abranda o indefinível.
Definição de tudo que eu não sei dizer,
A palavra que explica o que é preciso;
E o que eu preciso, é de você apenas.

Apenas um universo. 
Um ponto que na verdade, não é final.
O inicio de uma frase, um livro,
Uma história contada em versos, 
Em páginas em branco, esperando ...
Como a sua pele, com a qual me visto.
Sempre de paixão.

Reticências que limita o infinito.
É a incerteza que motiva a busca pela lógica.
É o sorriso na chegada,
Tanto quanto a lágrima na despedida.
Mas é a vontade de ver voltar logo,
Porque se despede sem dizer Adeus.