sábado, 21 de fevereiro de 2015

O QUE EU PREFIRO

Eu preferiria tocar seu corpo, com carinho do que o teclado.
Como na última noite. Como na primeira noite.
Dezessete.
Nunca foi apenas um número, tão pouco uma data. Mas o início, e quem diria... o fim.
Na verdade foi muito antes, a poesia e o desejo
Quando o peito já não aguentava mais.
E uma tal cigana ou cartomante, me fez provar que na sua mão havia muito mais do que linhas:
Existia um "A", existia uma certa promessa...

Eu preferiria dizer te amo, como sempre fiz com os olhos,
Do que dizer "Saudade".
E assim foi a última escrita
Tudo por causa de um certo "João de Barro" (me ensina a caminhar).
O perdão para o que não havia de ser perdoado.
Eu só voltei pra buscar o meu abraço.

Como eu preferiria sentir aquela saudade de um segundo,
do que essa de agora. Agora não da mais.
Agora é outra vida. Seguida em frente.
Na verdade, o que eu queria agora era muito mais.
Era o infinito que eu preferiria, mesmo com a tormenta que eu vivia,
em cada despedida. O que eu queria era o segundo instante,
e o terceiro, o quarto, o quinto...
A noite na taberna, entre tantas outras como as que eu acordava
com você dizendo: "estou com medo!", e eu: "calma, eu to aqui.!"
Mesmo distante.

Eu preferiria que fosse mentira o que não soubemos fazer.
Mas tudo bem, o que soubemos, foi e será eterno.
Agora e sempre, eu estarei e você será.
"talvez você não entenda essa coisa de fazer o mundo acreditar
que meu amor não será passageiro..."
E foram tantas poesias, tantas frases, versos...
tudo tão... surreal! Tanto que andamos lado a lado desde antes,
sem sabermos. Coincidências... destino...
Palavras que não voltam, ditas por acaso, por descaso...

Eu preferiria todas as viagens, todos os almoços, toda pétala desenhada,
meu romantismo despercebido. O pedido de casamento aceito, a promessa,
o batismo, casa branca... alves, todas as fotos, todos os fatos, afinal, o que é amor?

O que eu prefiro? Existem perguntas que não tem respostas.
Ainda tem muito o que se dizer. E muitas vezes, o silêncio,
o abraço, os olhos e o tempo, se encarregam de contar toda a história.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

VOCÊ


Posso tentar dizer o que você é pra mim hoje:
O medo que se dissipa com um abraço,
E o abraço que abranda o indefinível.
Definição de tudo que eu não sei dizer,
A palavra que explica o que é preciso;
E o que eu preciso, é de você apenas.

Apenas um universo. 
Um ponto que na verdade, não é final.
O inicio de uma frase, um livro,
Uma história contada em versos, 
Em páginas em branco, esperando ...
Como a sua pele, com a qual me visto.
Sempre de paixão.

Reticências que limita o infinito.
É a incerteza que motiva a busca pela lógica.
É o sorriso na chegada,
Tanto quanto a lágrima na despedida.
Mas é a vontade de ver voltar logo,
Porque se despede sem dizer Adeus.