sábado, 5 de novembro de 2011

Cacos de Vida

Existem coisas simples, puras e fáceis que nos colocam medo.
Eu procuro palavras e elas não descrevem...
Procuro expressões e elas estão por toda parte. 
Eu simplesmente não as alcanço.
Não falo por todos, mas acho que é isso mesmo.
De repente crescemos.
Aqueles poemas na última pagina do caderno fazem parte do cotidiano. 
O medo passa a ser uma coisa mais agressiva. 
Os sonhos tomam formas inimagináveis e vão parar em fronteiras inalcançáveis. 
A gente procura pela mão paterna, mas o amparo não alivia mais as dores como nos tombos que a gente ouvia:
- Pulou! Pulou! 
Você se lembra disso?
E toda vez que eu penso no futuro, eu apenas sinto.
Sobram palavras e existe um medo de aceitar os fatos.
Talvez porque seja mais fácil a gente não ouvir os “não” que quebram nossos sonhos. Ou o medo maior pelo “sim” e ao trazer o sonho à realidade, ele se torne apenas uma lembrança, muito vaga, como aquelas de quando a gente acorda e só sabe que o sonho foi bom.
 
Enquanto isso a vida me leva pelo caminho que eu tracei.
Talvez sem nenhum sentido, ou nenhuma direção, mas o que vale, são as sombras que eu encontro nos tempos de sol forte. Ou até mesmo um poço de águas claras, cristalinas que me refresca e mata a minha sede. 
Mas a pior parte desse caminho, é olhar pra tras e ver as sombras se afastando ou poço secando. 
Ou apenas ver que eram apenas...
Sombras.
 
 
 

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