domingo, 18 de setembro de 2011

DESAPRENDER

Eu preciso desaprender algumas coisas.
A não ter medo de dizer “não”, por exemplo.
Às vezes me perder de propósito,
Deixar de lado à vontade de voltar.
Preciso desconstruir meus mundos!
Desaprender a confiar,
Porque o pra sempre, dura apenas algumas horas.
Quando muito, dias!
Aquele gostar é sempre tão meu, que eu acabo dividindo
com os outros.
Acho que o meu egoísmo “veio” com defeito,
Eu sempre quero o sorriso alheio, sincero!
Abro mão de sonhos, lembranças,
Às vezes sou palhaço,
Outras o mais puro silêncio,
Quando não o próprio tempo!
Tudo pra satisfazer
O meu egoísmo cheio de compaixão!
Pode?
Pode, eu sou poeta.
Eu desaprendo e desconstruo.
Faço sonhos.
E quando o não é a única saída, eu fecho os olhos.
Tento entender esse pra sempre,
Esse infinito tão breve
Esse mundo que cabe nas mãos!
Eu escolho o tempo como companhia
E deixo passar o fracasso que já não é meu.
Agora, o “não” que há pouco era a saída,
Passa a ser o grande início,
O qual eu desaprendo,
Desconstruo...


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